Até hoje, continuo sendo assediada com o assunto maternidade. Muitos, mas muitos continuam chocados quando digo que não quero ter filhos e quando ouvem a resposta “Para nunca”.
Maçante como as pessoas formulam saber o que é “certo” – para elas e para o resto da humanidade. Não importa se serei boa mãe ou não e nesta forma, mais um ser viria ao mundo (que está uma merda, vamos combinar) para deixar tudo mais complicado.
Vamos falar de DIREITOS, em destaque do número 9. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), são direitos das mulheres:
1. Direito à Vida
2. Direito à liberdade e à segurança pessoal
3. Direito à igualdade e a estar livre de todas as formas de discriminação
4. Direito à liberdade de pensamento
5. Direito à informação e à educação
6. Direito à privacidade
7. Direito à saúde e à proteção desta
8. Direito a construir relacionamento conjugal e a planejar sua família
9. Direito a decidir ter ou não ter filhos e quando tê-los
10. Direito aos benefícios do progresso científico
11. Direito à liberdade de reunião e participação política
12. Direito a não ser submetida a torturas e maltrato
Aqueles que têm filhos peço que não se sintam ofendidos. Tenho respeito pela posição de cada um, mas também exijo que respeitem a minha, deixando bem claro que não estou maldizendo crianças e muito menos a maternidade. Algumas mulheres que conheço são mães maravilhosas, a minha é. Conheço mulheres com esta vocação e não deixam de amamentar, por exemplo, para o peito não cair. Estão preparando seres que farão a diferença no mundo, por mais falido que eu o considere. Admiro suas coragens.
Entre vários, aqui vão alguns dos motivos: já tem gente demais no mundo; tem muita gente horrorosa e idiota no mundo; a humanidade virou o maior predador exploratório do planeta e temos um problema de sustentabilidade (e colocar mais gente no mundo não ajuda); não queria abrir mão da minha liberdade; custa muito dinheiro; dá um trabalho do capeta; não vejo vantagem nenhuma; ser fisicamente predisposto a procriar não significa ter que gerar filhos a qualquer custo.
Em minha modesta opinião a respeito de mulheres inseguras, o ponto fraco é uma completa incapacidade de definir... Felicidade! Afinal, o que é felicidade? É um estado de êxtase? São momentos de transcendência? É simplesmente a ausência de dor? É o prazer? Como medir isso de forma objetiva? Como medir isso de forma objetiva para pessoas de culturas diferentes, com valores diferentes, com prioridades diferentes?
O que sei é que estou feliz, exatamente assim. Isto é uma decisão, muito mais que uma renúncia.
Um casal que não pode ter filhos é diferente de um casal que não quer tê-los. O primeiro comporta uma frustração por um filho que não chegou, já o segundo é um estilo de vida, em nome de prioridades consideradas igualmente importantes e nobres como a carreira, a cumplicidade do casal, haver maior disponibilidade econômica pra poder cultivar um ou mais hobbys e adquirir novas culturas através de viagens.
Por fim, encerro esse texto acreditando que, quando uma mulher, não se sente capaz de garantir a felicidade de um filho, esta mulher merece respeito; às vezes é muito mais altruísta do que uma mãe por convenção social.
Seja o que você quiser.
Como você mesmo diz: SENSACIONAL! penso o mesmo amiga: #NOKIDS Bjs CRIS
ResponderExcluirGostei. Parabéns, mente brilhante. JS.
ResponderExcluirZeza, quem me dera... refleti. Bjs e muita saudade de vc na minha vida. Raquel
ResponderExcluirAcabo de ler um relato de alguém consciente de sua existëncia e de seu papel no planeta. Abs, Sy
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