Seja um líder. Assim como existe a geração “mimimis e nutellas” e pessoas em cargos de liderança, também existem pessoas da geração reprimida como chefes, então sempre haverá uma geração condenando a outra.
Hábitos mudam, mas o ser humano é saudosista, procura se fixar no passado, em sua zona de conforto. Mudanças sociais, tecnológicas e pandemias causam desconfortos, estremecem os pilares, o que deve existir em comum entre as gerações é o respeito, não importa o fato no planeta.
O Big Brother está escancarando a geração atual, essa em que tudo é ofensa e faz a pessoa se sentir perseguida, onde não se tolera a diferença, onde não existe brincadeira e ao tempo todo se sentem ameaçados em um vitimismo intenso onde pede-se desculpas por existir.
Onde está aquela geração em que seu bem-estar é responsabilidade própria? Onde estão os que onde a função é servir e cuidar? Todo desconforto é um trauma, qualquer sopro despedaça o ego, experimentando uma permanente fuga da realidade.
Gostaria de compreender por que os donos da razão em um mundo rígido de supostas verdades absolutas, vivem esse apocalipse imaginário onde é preciso atacar para se defender do inimigo? Onde está o problema, qual é o crime por pensar diferente? A necessidade de aprovação constante, criando personagens que se confundem com a identidade e a crença de que é possível viver um eterno princípio de prazer, onde não existe a falta ou a insatisfação... acreditar em uma vida idealizada de zero defeitos e fadas pode ter um preço muito alto. Desconstrução, mas afinal, o que eles estão construindo mesmo? Já dizia um provérbio que tempos difíceis criam homens fortes, homens fortes criam tempos fáceis, tempos fáceis criam homens fracos e homens fracos criam tempos difíceis, e a nossa vida nunca foi tão fácil, tudo está na palma da mão.
A informação, o conhecimento, as relações, a comida, as compras, o transporte, o mundo, tudo ali em alguns cliques. Sim, a vida melhorou muito, mas nem tudo que faz sentir bem, faz bem. Estamos gerando com toda essa facilidade a geração frágil, cujo sintoma principal é a intolerância à frustração, exatamente pela facilidade que não permite conviver com ela. Uma geração que não sabe esperar, porque tudo é rápido. Uma geração que não sabe ser contrariada, porque tudo pode. Que não consegue colher, porque não aguenta o processo do plantar, e essas pessoas não são só os participantes do Big Brother, são nossos governantes, empresários, professores, funcionários, familiares, nossos amigos. Vivemos em sociedade, dependemos uns dos outros e o outro nos impacta, no fim, somos um grande Big Brother Brasil.
Pergunto: o quanto estamos fortalecidos para os tempos difíceis que estão por vir, criados por essa geração frágil? Como nos preparar para o caos?
Enfim, quando cada qual cuidar de sua vida, sem deixar de ser solidário, o complexo de inferioridade decairá, substancialmente. O medo, esse eterno fator existencial do ser humano dará lugar ao convívio salutar e coisas bem mais interessantes.
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